O Armenian Soccer portal tem o prazer de apresentar Marcos Pineiro Pizzelli. O jogador do FC Pyunik e seleção armênia conta sua história nesta entrevista exclusiva disponivel no www.armenian-soccer.com .
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Armenian Soccer: Em primeiro lugar, parabéns pela vitória contra o FC Banants!
Marcos: É realmente o jogo contra o FC Banants foi digno de final, tanto que o jogo só se definiu no ultimo segundo. Isso prova que o campeonato armênio está cada vez mais qualificado.
AS: Por favor nos diga do qual parte do Brasil você vem? Quando e onde você começou a jogar futebol?
M: Nasci em Piracicada (estado de São Paulo), mas cresci e moro até hoje em Leme (estado de São Paulo). Eu começei nas equipes jovens do Lemense FC, equipe da minha cidade, dos 7 anos de idade até os 16 anos de idade.
AS: E m que clubes você jogou antes de chegar para a Arménia?
M: Lemense FC, Gurani FC, São Carlos F.C.
AS: Como foi que você recebeu uma oferta de FC Ararat? Não foi uma surpresa para você?
M: Sim, foi uma surpresa muito grande, pois na época eu tinha apenas 20 anos e estava começando minha carreira no Brasil. A oferta foi feita por um ex-jogador armênio ( Arkady Andreassian ), que estava no Brasil vendo uma partida da minha equipe, e me convidou para fazer parte do FC Ararat.
AS: Já sabia naquele momento alguma coisa sobre a Arménia ou os armênios?
M: Muito pouco, só que era um país novo devido a queda da União Sovietica.
AS: E por que decidiu aceitar a oferta?
M: Pelo fato de ser Europa e poder construir uma carreira sólida.
AS: Quando você chegou à Arménia primeira vez, qual foi sua primeira impressão?
M: Um país completamente diferente, pessoas e costumes diferentes, mas o mais dificil foi o frio, e confesso que até hoje não me acostumei com o inverno Armênio.
AS: Como foram os primeiros mêses no FC Ararat e em Arménia? Tinha problemas de comunicação eadaptação?
M: Foram os mais dificeis por que fora de campo, tinha um brasileiro que me ajudava com a língua, mas jogando foi dificil, por que eu não sabia me comunicar com os outros jogadores e taticamente era muito diferente. Por isso os primeiros meses foram muitos complicados.
AS: Agora você fala armênio muito ou pouco? Já se sente integrado?
M: Falo o básico, mas me sinto integrado em qualquer lugar que vou, por que entendo praticamente tudo. Aí é mais tranquilo quando posso me comunicar e me expressar.
AS: Você jogou no AS Ararat Issy na França. Pode contar uma coisa sobre este clube? É um projeto sério?
M: Um clube onde fui bem acolhido, mas profissionalmente falta algumas coisas, como centro de treinamento e mais profissionais para quem sabe no futuro ter um acesso as grandes ligas da França.
AS: Você pensou muito quando recebeu o convite para se naturalizar ou já gostava a idéia?
M: Não pensei muito pois fiquei muito feliz de poder representar a Arménia e de também do meu trabalho ser reconhecido na Arménia.
AS: O que é que a gente no Brasil acha dos jogadores brasileiros como Eduardo e você mesmo, que sãonaturalizados em outros países?
M: Eles geralmente apoiam, porque no brasil existem milhares de jogadores e as vezes jogadores como eu e Eduardo e muitos outros acabam tendo oportunidade fora do Brasil, por isso o povo brasileiro sempre apoiam jogadores naturalizados em outros países.
AS: O que é que sua família disse quando você decidiu tornar-se o «armênio»?
M: Eles primeiramente ficaram felizes e me apoiaram a se tornar armênio, e creio que estão orgulhosos de hoje eu poder estar ajudando a seleção da Arménia.
AS: Toda gente vi o seu modo de celebração depois que marcou contra Andorra. O que é que significa paravocê jogar na seleção armênia?
M: Significa que pessoas que nunca me conheceram, acreditaram em mim e me deram oportunidade de me tornar um armênio. Isso me fez sentir como um legítimo armênio, por isso foi uma reação natural de que já me sinto como um armênio.
AS: Se faz favor, dê uma explicação do futebol armênio, especialmente comparando com o futebol brasileiro.
M: Taticamente e fisicamente são diferentes. Aqui na Arménia usa se muito mais velocidade e força. Já no Brasil é mais técnico torna se mais tático e corrido.
AS: Tem o clube que apoia no Brasil? E em outros países?
M: Corinthians SC, desde de criança sempre assitia jogos e torcia muito. Já em outros países sempre gostei do Liverpool FC.
AS: Há um campeonato europeo que você gosta e onde se gostaria de jogar no futuro?
M: O campeonato inglês.
AS: Tem ofertas reais dos clubes estrangeiros?
M: Não que eu sabia. Por enquanto quero ajudar o FC Pyunik a ser campeão, depois vou pensar nessas coisas.
AS: Pode nos contar alguma coisa sobre sua família? O que sabemos é que é casado…
M: Sim, sou casado. Ela é uma pessoa muito importante na minha vida aqui na Arménia. Já minha família somos em 5, meus pais e meus 2 irmãos que sinto muita saudade quando estou na aqui.
AS: Sua esposa mora com você em Yerevan?
M: Sim ela mora comigo aqui em Yerevan, e todo ano está sempre comigo.
AS: Como o que é a viver em Yerevan para um jovem brasileiro?
M: Eu me adaptei a morar em Yerevan pricipalmente pela segurança que tenho, para passear com a minha esposa, jantar em restaurantes. Adoro sair no verão, mas no inverno fico praticamente dentro de casa com minha esposa e minha cachorra. Mas no Brasil geralmente gosto de ir para a praia e descansar um pouco.
AS: Obrigados pela entrevista. Também esperamos por mais uma entrevista no fim desta época.
M: Sera um prazer. Abraços a todos.
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Fonte de fotos: TotalFootball (www.totalfootball.am) e arquivo próprio de Armenian Soccer
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